O cantigueiro, primeiro disco de Samuel, foi editado pela Orfeu de Arnaldo Trindade em 1972.Os arranjos são de José Calvário, José Niza e do próprio autor. A direcção musical é da responsabilidade de José Calvário.
É um single (disco de vinil em 45 rotações) dos mais raros da música portuguesa, para além da canção o cantigueiro tem ainda no lado 1 a recompensa e no lado 2 os castelos também se assaltam e cantar de quem anda por lá.
Samuel é outro dos chamados cantores de intervenção e outro injustamente esquecido. Percorreu o país actuando com todos os nomes grandes da música popular portuguesa e galgou fronteiras fazendo espectáculos em diversos países Participou, com Carlos Mendes e Tonicha no LP colectivo Fala do Homem Nascido (Poemas de António Gedeão e músicas de José Niza). Este 33 rotações é um dos mais importantes discos da música popular portuguesa. Canta em vários festivais RTP da canção e é autor de várias canções que integram a banda sonora de algumas telenovelas portuguesas nomeadamente a primeira Vila Faia. Convidado para programas de televisão como Estúdio Aberto, TV Show, Passeio dos Alegres entre outros. Passou ainda pelo teatro na Comuna e no Adoque e é fundador do grupo A Barraca.
Infelizmente, como aliás já vem sendo habitual neste nosso País, não existem reedições da obra de Samuel. É triste a nossa sina de levar ao esquecimento trabalhos como este o cantigueiro e tempo de partir para só relembrar dois dos seus muitos discos.
Se tal soubesse/ não cantaria/ tudo que já cantei… três versos do cantigueiro, ainda bem que Samuel não sabia porque assim, mesmo em vinil e quase desaparecidos, ainda temos hoje a voz, a música e as palavras deste cantautor.
O Disco O Cantigueiro foi gentilmente cedido por Vieira da Silva.
João Balseiro
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1 comentário:
O que é que se faz numa altura destas?
Agradece-se como se pode... e sai-se discretamente...
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