domingo, 30 de novembro de 2008
Não podia calhar mais a propósito
No fim deste blogue há um desses mecanismos automáticos que nos dão uma citação de NIETZSCHE todos os dias. A de hoje é "But thus do I counsel you, my friends: distrust all in whom the impulse to punish is powerful!". Isto traduzido com alguma liberdade, mas em inglês pouco técnico significa : Meus amigos, aconselho-vos a não confiar em todos aqueles cujo impulso para punir é poderoso.
"Morceaux choisis" ou a mentira e o vómito
"Para já, a ministra da Educação, que diz que se sente anarquista, tenta ter uma vida normal - ainda que tenha menos tempo para ir aos concertos da Gulbenkian e para fazer o jantar."
"Raramente faz noitadas de trabalho e, tanto quanto se lembra, houve apenas três ou quatro vezes em que foi necessário manter "as equipas a trabalhar pela noite fora". O que é preciso é que "quando se está a trabalhar se trabalhe mesmo".
Gosta de ir ao Parlamento. Diz que leva muito a sério essa função e que se prepara com cuidado. Lamenta que nem sempre os debates decorram de forma a que a opinião pública faça uma apreciação mais positiva da actividade política."
"E os dias de tensão vão provavelmente continuar.
Garante, contudo, que também tem tido bons momentos. "Muitos." Pede-se-lhe que partilhe um. "Uma carta que recebi de um menino que recebeu um computador para ter em casa, não sei já em que circunstância, e escreveu-me a dizer: 'Quando for grande, vou inscrever-me no PS.' É tocante."
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Falar Claro 27 11 2008
Hoje, das 19:00 às 20:00, na Rádio Terranova e no programa Falar Claro estarei a comentar a actualidade com António Pinho. Pode ouvir a Rádio Terranova com a aplicação que encontra na coluna da direita ou então acedendo ao sítio da própria rádio.
Ouça qui e comente:
Ouça qui e comente:
Resistir com alegria
Mais do que o número, superior a três mil professores, que se manifestaram ontem em Aveiro, aquilo que deve efectivamente preocupar aqueles que querem reduzir a classe docente ao menor denominador comum da cidadania, é a alegria com que todos estes professores demonstraram a sua unidade em torno de um desígnio comum. Mais uma lição de cidadania dada àqueles que gostariam de nos ver a obedecer face à dificuldade de mandar...
(Video recebido do meu amigo Vieira da Silva)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Conselho de Escolas
O famoso conselho de escolas é de tal maneira representativo que o seu porta-voz é o secretário de estado Jorge Pedreira.
Palavras para quê?
Palavras para quê?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Memórias de Música - 5
Há artistas que ficam marcados por um dos seus trabalhos, diga-se que a maioria das vezes injustamente, só se conhece o que foi popularizado e o desconhecimento do resto da obra é muito penalizante para o autor.
Manuel Freire é conhecido, não digo apenas pela canção Pedra Filosofal mas quase. Obviamente que é uma injustiça, a sua obra é muito mais do que só essa canção: Livre, Pedro Soldado, Eles, Dulcineia, Menina Bexigosa, Abaixo D. Quixote entre muitas outras são canções que marcaram uma época.
Este disco, single, editado em 1978 para a peça Os Emigrantes de Slawomir Mrozek representada pelo TEP (Teatro Experimental do Porto) com encenação de João Lourenço é bastante raro na discografia de Manuel Freire porque até aqui a totalidade das letras são de outros autores, poetas como António Gedeão, Sidónio Muralha, José Gomes Ferreira, José Saramago entre outros e neste disco as letras são do próprio Manuel Freire bem assim como as músicas. A direcção musical e os arranjos são de Sílvio Pleno.
Este single é até hoje a última gravação de original de Manuel Freire.
O disco foi gentilmente cedido por Vieira da Silva e digitalizado a partir do vinil por João Balseiro.
Texto de João Balseiro
Manuel Freire é conhecido, não digo apenas pela canção Pedra Filosofal mas quase. Obviamente que é uma injustiça, a sua obra é muito mais do que só essa canção: Livre, Pedro Soldado, Eles, Dulcineia, Menina Bexigosa, Abaixo D. Quixote entre muitas outras são canções que marcaram uma época.
Este disco, single, editado em 1978 para a peça Os Emigrantes de Slawomir Mrozek representada pelo TEP (Teatro Experimental do Porto) com encenação de João Lourenço é bastante raro na discografia de Manuel Freire porque até aqui a totalidade das letras são de outros autores, poetas como António Gedeão, Sidónio Muralha, José Gomes Ferreira, José Saramago entre outros e neste disco as letras são do próprio Manuel Freire bem assim como as músicas. A direcção musical e os arranjos são de Sílvio Pleno.
Este single é até hoje a última gravação de original de Manuel Freire.
O disco foi gentilmente cedido por Vieira da Silva e digitalizado a partir do vinil por João Balseiro.
Texto de João Balseiro
Ainda hoje é feio...
Trinta e três anos depois continua a ser feio terem sido entregues armas a civis. Nem todas as ordens operacionais devem ser cumpridas.
Bandarilhas "contraprós"
Maria do Céu Roldão lembra-me do tempo em que, sendo Ana Benavente secretária de estado. foi criado um, de má memória, projecto ALFA para salvar o primeiro ciclo do ensino básico. Maria do Céu Roldão era nesses tempos, tal foi a minha percepção, a ideóloga desse projecto. Claro que o projecto não resultou, para isso terá contribuído um financiamento de duzentos mil contos (cem mil euros) para melhorar um universo de escolas do primeiro ciclo que à altura ultrapassava a dezena de milhar.
A questão da qualificação para avaliar o desempenho profissional docente leva-me a pensar que haveria necessidade de pensar que lugar ocupa a IGE neste nosso universo educativo.
O espanto do secretário de estado é espantoso... O mais espantoso é a forma tosca como se escondem as verdadeiras motivações por trás destas suportas reformas. Basicamente todos os professores sabem que no centro destas alterações está a vontade de reduzir em vinte a trinta por cento a massa salarial dos professores. Em linha com Manuel Pinho Portugal é um país de mão de obra barata. Para esta tarefa não podiam ter sido escolhidos melhores homens de mão. Dos dois, Jorge Pedreira está na situação de conhecer bem o inimigo. De sindicalista a factotum do socialismo moderno foi aparentemente um passo fácil de dar...
Este secretário de estado mostra que não pesca nada do que é uma escola ao afirmar que os professores titulares e avaliadores são "os que mais cargos exerceram"... Ficamos esclarecidos.
Sem quotas não há mérito. Diz a teórica entrevistadora.
E mais não digo.
A questão da qualificação para avaliar o desempenho profissional docente leva-me a pensar que haveria necessidade de pensar que lugar ocupa a IGE neste nosso universo educativo.
O espanto do secretário de estado é espantoso... O mais espantoso é a forma tosca como se escondem as verdadeiras motivações por trás destas suportas reformas. Basicamente todos os professores sabem que no centro destas alterações está a vontade de reduzir em vinte a trinta por cento a massa salarial dos professores. Em linha com Manuel Pinho Portugal é um país de mão de obra barata. Para esta tarefa não podiam ter sido escolhidos melhores homens de mão. Dos dois, Jorge Pedreira está na situação de conhecer bem o inimigo. De sindicalista a factotum do socialismo moderno foi aparentemente um passo fácil de dar...
Este secretário de estado mostra que não pesca nada do que é uma escola ao afirmar que os professores titulares e avaliadores são "os que mais cargos exerceram"... Ficamos esclarecidos.
Sem quotas não há mérito. Diz a teórica entrevistadora.
E mais não digo.
domingo, 23 de novembro de 2008
Matemática
Ouço Nuno Crato e pareceu-me interessante o espanto face às constatações do Professor Universitário Ron Aharoni. Aharoni, sendo professor universitário, antes de dar sentenças aos básicos do Básico, foi para escolas primárias ser professor. Esta abordagem seguramente é revolucionária mesmo para um original como Crato. Tal abordagem não passa pela cabeça de ninguém "superior" neste nosso pequeno país. Os três princípios de Aharoni, apresentados como algo de interessante e inovador faziam parte da cultura profissional da generalidade dos bons professores com quem trabalhei.
Registe-se a verificação de falta de constância do nível de dificuldade dos exames nacionais.
Nuno Crato descobre que não basta ter prazer, é preciso alguma pressão. Ora, o conceito de nível óptimo de ansiedade, descrito por Jerome Bruner e mecanismo fundamental na busca de níveis altos de eficácia no processo de aprendizagem, é um conhecimento corriqueiro há mais de trinta anos por essa Europa fora.
RTP2, são 23 horas e claramente a entrevistadora não está ao nível do entrevistado.
Registe-se a verificação de falta de constância do nível de dificuldade dos exames nacionais.
Nuno Crato descobre que não basta ter prazer, é preciso alguma pressão. Ora, o conceito de nível óptimo de ansiedade, descrito por Jerome Bruner e mecanismo fundamental na busca de níveis altos de eficácia no processo de aprendizagem, é um conhecimento corriqueiro há mais de trinta anos por essa Europa fora.
RTP2, são 23 horas e claramente a entrevistadora não está ao nível do entrevistado.
sábado, 22 de novembro de 2008
A rapaziada
Ouço, com espanto, que a Polícia Judiciária tem celas VIP. Já estou mais descansado. Essa malta que é suspeita de roubar milhões não pode ir para a cadeia como os pilha-galinhas que roubam tostões... Não seria aceitável.
Agora é o Durão Barroso que palra na TV. Face a Portugal de tanga fugiu para a Europa. Se a Europa ficar de tanga para onde se safará o nosso durão?
Agora é o Durão Barroso que palra na TV. Face a Portugal de tanga fugiu para a Europa. Se a Europa ficar de tanga para onde se safará o nosso durão?
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O mau gene ou os maus professores? - 2
Nas minhas deambulações pela rede, eis senão quando dou com os olhos num texto que me deixou estupefacto.
É um texto de um tal Leonel Moura. Aqui ficam alguns trechos escolhidos. E como fica o mail do senhor talvez os professores que leiam este texto possam dar ao senhor o benefício da sua resposta.
"Leonel Moura in Jornal de Negócios (Para quem quiser ler o texto na íntegra)
A boa e a má moeda no ensino
leonel.moura@mail.telepac.pt
Com estes professores e os seus sindicatos o País não vai a lado nenhum. Num momento em que precisamos de ânimo, atitudes positivas e energia, esta gente não pára de ocupar o País com o seu negativismo e reaccionarismo. Já basta de tanta demagogia, falta de seriedade, oportunismo.
[...]
Esta gente não quer mudança, é contra tudo, tornou-se numa classe conservadora e rabugenta. E já agora falta-lhes o estilo.
Um amigo meu, professor de arte, recomendava logo na primeira aula aos aspirantes a artistas que, se o queriam realmente ser, não deviam ser vistos na rua com um saco de plástico na mão. O estilo conta muito na vida. Há certas coisas que não se fazem e certas companhias que se evitam. Esquecendo este princípio básico da dignidade comportamental, os professores foram-se tornando ao longo dos anos numa verdadeira tropa fandanga, mal encarada, histérica e ridícula, que o País conhece dos pulos na 5 de Outubro, dos cartazes torpes, das ofensas sistemáticas e das viagens de autocarro em direcção às grandes manifestações de Lisboa, animadas pelo caminho com canções de revoluções perdidas e sandes de chouriço.
[...]
São maioritariamente do Partido Comunista mas todos por junto seguem a máxima libertária do "se hay gobierno soy contra". [...] Mas bem vistas as coisas só têm um e único objectivo: a de querer travar a todo o custo a evolução da sociedade portuguesa.
[...]
A contestação ao sistema de avaliação não tem nada a ver com os processos, com a papelada que é preciso preencher ou com algumas incongruências que devem ser corrigidas. Esta contestação é simplesmente contra qualquer forma de avaliação, porque muitos destes professores, sempre dispostos a sair para a rua em grande algazarra, mas invariavelmente cansados quando se trata de fazer alguma coisa na escola, sabem que a sua avaliação só pode ser má."
Felizmente para todos os portugueses não é possível ainda pôr "robots" a fazer o trabalho que os professores fazem. Gostaria de realçar que, após análise do texto em causa, concluo que o "artista" teve uma boa professora primária ou utiliza o corrector ortográfico da Microsoft. Infelizmente todos estes contributos externos não compensam o mau gene...
Fica aqui a sugestão de uma visita a http://www.youtube.com/user/LeonelMoura.
Seleccionei este video porque sugere a existência de melhor estrutura lógica nos circuitos internos deste "robot" que no vómito intelectual publicado por este glorificado serralheiro da arte plástica.
(sem ofensa para os serralheiros)
É um texto de um tal Leonel Moura. Aqui ficam alguns trechos escolhidos. E como fica o mail do senhor talvez os professores que leiam este texto possam dar ao senhor o benefício da sua resposta.
"Leonel Moura in Jornal de Negócios (Para quem quiser ler o texto na íntegra)
A boa e a má moeda no ensino
leonel.moura@mail.telepac.pt
Com estes professores e os seus sindicatos o País não vai a lado nenhum. Num momento em que precisamos de ânimo, atitudes positivas e energia, esta gente não pára de ocupar o País com o seu negativismo e reaccionarismo. Já basta de tanta demagogia, falta de seriedade, oportunismo.
[...]
Esta gente não quer mudança, é contra tudo, tornou-se numa classe conservadora e rabugenta. E já agora falta-lhes o estilo.
Um amigo meu, professor de arte, recomendava logo na primeira aula aos aspirantes a artistas que, se o queriam realmente ser, não deviam ser vistos na rua com um saco de plástico na mão. O estilo conta muito na vida. Há certas coisas que não se fazem e certas companhias que se evitam. Esquecendo este princípio básico da dignidade comportamental, os professores foram-se tornando ao longo dos anos numa verdadeira tropa fandanga, mal encarada, histérica e ridícula, que o País conhece dos pulos na 5 de Outubro, dos cartazes torpes, das ofensas sistemáticas e das viagens de autocarro em direcção às grandes manifestações de Lisboa, animadas pelo caminho com canções de revoluções perdidas e sandes de chouriço.
[...]
São maioritariamente do Partido Comunista mas todos por junto seguem a máxima libertária do "se hay gobierno soy contra". [...] Mas bem vistas as coisas só têm um e único objectivo: a de querer travar a todo o custo a evolução da sociedade portuguesa.
[...]
A contestação ao sistema de avaliação não tem nada a ver com os processos, com a papelada que é preciso preencher ou com algumas incongruências que devem ser corrigidas. Esta contestação é simplesmente contra qualquer forma de avaliação, porque muitos destes professores, sempre dispostos a sair para a rua em grande algazarra, mas invariavelmente cansados quando se trata de fazer alguma coisa na escola, sabem que a sua avaliação só pode ser má."
*************************
Não vos aborreço com mais. Fica só o registo, tanto quanto foi possível saber "googling" este perito em professores, de Leonel Moura ser um artista plástico construtor de "robots" que pintem por ele.Felizmente para todos os portugueses não é possível ainda pôr "robots" a fazer o trabalho que os professores fazem. Gostaria de realçar que, após análise do texto em causa, concluo que o "artista" teve uma boa professora primária ou utiliza o corrector ortográfico da Microsoft. Infelizmente todos estes contributos externos não compensam o mau gene...
Fica aqui a sugestão de uma visita a http://www.youtube.com/user/LeonelMoura.
Seleccionei este video porque sugere a existência de melhor estrutura lógica nos circuitos internos deste "robot" que no vómito intelectual publicado por este glorificado serralheiro da arte plástica.
(sem ofensa para os serralheiros)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Vasculhar a lixeira
Entre o múltiplo lixo que nos invade caixas de correio, dos produtos milagrosos que alongam ou que engrossam, ou que simultaneamente engrossam e alongam, até à cartinha em inglês macarrónico que a filha do Idi Amin nos escreve a prometer milhões de dólares numa conta na Suíça, dos "powerpoints" que já vimos há dois ou três anos, até à anedota sobre Salazar sucessivamente adaptada à estrela do momento, de quando em vez lá aparece uma pérola que apetece partilhar. É de 2005, mas vale a pena ouvir com atenção.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Quand On Est Con
Depois de hoje ouvir a Senhora Ministra a falar pela Senhora Ministra na terceira pessoa do singular, depois de ouvir o Dr. Alberto Martins, o Primeiro Ministro, o Senhor Ministro da Economia sobre a tal casa que foi do Garrett e agora são apartamentos, ouvindo a professora que foi fazer formação para avaliar os colegas, quando ouvi o que o Finantial Times pensa do nosso Ministro das Finanças, quando ouvi a Senhora Ministra a insinuar que os Conselhos Executivos não sabem ler, só me veio à cabeça o grande Brassens e, porque não tenho pachorra para repetir tudo pela enésima vez, aqui fica para aqueles que ainda compreendem a língua francesa:
Quand On Est Con
Quand ils sont tout neufs,
qu'ils sortent de l'oeuf,
du cocon.
Tous les jeunes blancs becs
prennent les mecs
pour des cons.
Quand ils sont venus,
les têtes chenues,
les grisons.
Tous les vieux fourneaux
prennent les jeunots
pour des cons.
Moi qui balance entre deux âges
Je leur adresse à tous un message.
Le temps ne fait rien à l'affaire.
Quand on est con, on est con!
Qu'on ait vingt ans, qu'on soit grand père
Quand on est con, on est con!
Entre vous plus de controverses,
Con caduques ou cons débutants.
Petits cons de la dernière averse
Vieux cons des neiges d'antan
Vous les cons naissant,
les cons innocents,
les jeunes cons,
Qui, ne le niez pas, prenez les papas pour des cons.
Vous les cons âgés,
les cons usagés,
les vieux cons.
Qui, confessez-le, prenez les p'tits bleus pour des cons.
Méditez l'impartial message
d'un qui balance entre deux âges.
[...]
Georges Brassens
O mau gene ou os maus professores? - 1
Lembrei-me hoje daquele velho anúncio que dizia não se dever matar leões com fisga, nem moscas com carabina. Um peso pesado da luta anti-fascista veio a terreiro, mas esqueceu uma daquelas lições básicas dos nossos professores:
Ironia - figura de estilo que veicula um significado contrário daquele que deriva da interpretação literal do enunciado; zombaria.
Interpretar à letra é uma forma de enfiar carapuças. Se o Manuel Alegre tivesse pachorra poderia ter explicado esta figura de estilo básica e assim evitar embaraços...
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Terranova às 19:00
Entre outras temáticas partilharei a minha opinião sobre a Carreira Docente, Avaliação de Professores, Manifestação de Professores, Nacionalização do BPN, Banco de Portugal...
Continua actual o artigo publicado em O Ilhavense de 20.03.2008 e que se encontra na íntegra no sítio do M!C.
Pode ouvir aqui o registo do programa:
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Olhos nos olhos
-"Entende que tem condições para continuar no cargo?"
-Com o salário que ganho tenho muito boas condições... "Não há uma falha da supervisão tal como ela se exerce"
- Sob a minhas ordens tenho 1700 funcionários e destaquei 60 para exercerem a supervisão. Não é suficiente?
(Qualquer semelhança com um país civilizado é pura coincidência)
Com um sorriso
Aqui fica o sorriso com que a senhora ministra da educação respondeu aos ovos...
Segundo alguns relatos a Guarda carregou sobre os alunos. A mesma Guarda já veio desmentir. Assunto arrumado?
Onde é que eu já vi estes filmes?
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Haja bom senso
Na SIC Notícias
"A senhora ministra não pode ser autista"
"A avaliação não vale por si. É um instrumento"
"Não tenho saudades do PREC"
"Todos os países têm sistemas de avaliação"
"Os professores sentiram-se esmagados"
Marçal Grilo critica a Fenprof por ter suspendido a sua participação na comissão paritária em consonância com as decisões em plenário durante a manifestação. Cheirou-lhe a PREC.
Júlio Pedrosa, que nem foi ministro durante muito tempo, acaba por ser a voz de bom senso neste debate que acabei de ver na SIC Notícias. É preciso encontrar a base sólida de concordância para a partir daí encontrar soluções para os problemas
"A senhora ministra não pode ser autista"
"A avaliação não vale por si. É um instrumento"
"Não tenho saudades do PREC"
"Todos os países têm sistemas de avaliação"
"Os professores sentiram-se esmagados"
Marçal Grilo critica a Fenprof por ter suspendido a sua participação na comissão paritária em consonância com as decisões em plenário durante a manifestação. Cheirou-lhe a PREC.
Júlio Pedrosa, que nem foi ministro durante muito tempo, acaba por ser a voz de bom senso neste debate que acabei de ver na SIC Notícias. É preciso encontrar a base sólida de concordância para a partir daí encontrar soluções para os problemas
MINISTRA DA EDUCAÇÃO NÃO FALA VERDADE!
"MINISTRA DA EDUCAÇÃO NÃO FALA VERDADE!" É este o título de uma nota emitida pela Fenprof. Felizmente os que se manifestavam não ouviram em tempo real as palavras daquela que deveria ser a referência para todos os professores e o exemplo vivo que prestigiasse a classe docente. Se Aníbal Barca falasse assim para e acerca das suas tropas duvido que tivesse conseguido atravessar os Alpes com os seus elefantes de combate. Tem sido prova da absoluta ignorância da natureza essencial da função docente o repetido chavão de que nem todos podem chegar a generais. Ora é preciso dizer que a Senhora Ministra não revela nenhuma das qualidades necessárias para conduzir uma classe como o classe docente. Numa escola dirigida por mim, nem para porteira a senhora ministra serviria, pois para tal função é necessária boa dose daquela educação que se bebe com o leite.
Irra!
"NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
MINISTRA DA EDUCAÇÃO NÃO FALA VERDADE!
A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, não falou verdade ao país ao afirmar que os Sindicatos não tinham apresentado, na comissão paritária de acompanhamento da avaliação, qualquer documento que alertasse para os problemas que decorrem do modelo em vigor.
Na verdade, a FENPROF fez chegar à comissão paritária, nos primeiros dias de Outubro, um documento contendo onze problemas relevantes que, no entanto, até hoje, não mereceram qualquer resposta. Em reunião realizada a 17 de Outubro, o director-geral de recursos humanos, que preside à comissão, tentou justificar, apenas oralmente, as irregularidades e abusos, entre outros aspectos referidos, não tendo mostrado abertura para solucionar um único que fosse.
Já antes, em 14 de Outubro, em reunião realizada com a Ministra da Educação, a FENPROF tentou abordar os problemas, mas sem êxito, pois Lurdes Rodrigues afirmou não ser aquele o espaço para essa discussão. Em relação aos horários de trabalho, outro dos aspectos muito contestados pelos docentes, a FENPROF entregou em mão, nesse dia, à própria ministra, um documento em que se apresentam inúmeras situações irregulares e/ou ilegais, exigindo a sua rápida resolução. Note-se que algumas delas decorrem de orientações ilegais que a DGRHE colocou no seu site e que, apesar do protesto, ali mantém.
A ministra também não falou verdade quando afirmou que os professores não querem ser avaliados e que o anterior modelo não previa a diferenciação. Previa, só que, durante os 15 anos em que vigorou, os governos recusaram regulamentar essa matéria, apesar da insistência dos Sindicatos para que o fizessem. E quanto à avaliação, a ministra também sabe que a Plataforma Sindical dos Professores, ao longo do processo de “negociação” do ECD, apresentou propostas concretas para um modelo alternativo que, no entanto, foram todas rejeitadas pelo ME que, da primeira à última versão, manteve intocável o seu projecto. Mas sabe mais, sabe que a FENPROF, como outros Sindicatos, já apresentou propostas concretas para a negociação de um modelo alternativo e tem debatido o assunto com os professores em centenas de reuniões que já realizou.
Quanto à afirmação de que uma manifestação com tanta gente constitui uma intimidação… não há palavras que a comentem. Tal afirmação constitui uma tremenda e preocupante distorção democrática, inaceitável na governante. Afirmar que uma manifestação de professores, por reunir 80% da classe profissional, constitui um acto de chantagem, só pode compreender-se em alguém que se encontra de cabeça perdida e, por essa razão, perdeu referências democráticas.
Quem não fala verdade ao país e perde referências democráticas não reúne condições para, numa sociedade democrática, assumir responsabilidades políticas!
O Secretariado Nacional" da Fenprof
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Memórias de Música - 4
O cantigueiro, primeiro disco de Samuel, foi editado pela Orfeu de Arnaldo Trindade em 1972.Os arranjos são de José Calvário, José Niza e do próprio autor. A direcção musical é da responsabilidade de José Calvário.
É um single (disco de vinil em 45 rotações) dos mais raros da música portuguesa, para além da canção o cantigueiro tem ainda no lado 1 a recompensa e no lado 2 os castelos também se assaltam e cantar de quem anda por lá.
Samuel é outro dos chamados cantores de intervenção e outro injustamente esquecido. Percorreu o país actuando com todos os nomes grandes da música popular portuguesa e galgou fronteiras fazendo espectáculos em diversos países Participou, com Carlos Mendes e Tonicha no LP colectivo Fala do Homem Nascido (Poemas de António Gedeão e músicas de José Niza). Este 33 rotações é um dos mais importantes discos da música popular portuguesa. Canta em vários festivais RTP da canção e é autor de várias canções que integram a banda sonora de algumas telenovelas portuguesas nomeadamente a primeira Vila Faia. Convidado para programas de televisão como Estúdio Aberto, TV Show, Passeio dos Alegres entre outros. Passou ainda pelo teatro na Comuna e no Adoque e é fundador do grupo A Barraca.
Infelizmente, como aliás já vem sendo habitual neste nosso País, não existem reedições da obra de Samuel. É triste a nossa sina de levar ao esquecimento trabalhos como este o cantigueiro e tempo de partir para só relembrar dois dos seus muitos discos.
Se tal soubesse/ não cantaria/ tudo que já cantei… três versos do cantigueiro, ainda bem que Samuel não sabia porque assim, mesmo em vinil e quase desaparecidos, ainda temos hoje a voz, a música e as palavras deste cantautor.
O Disco O Cantigueiro foi gentilmente cedido por Vieira da Silva.
João Balseiro
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domingo, 9 de novembro de 2008
O netos que paguem a factura
Cento e vinte mil professores afirmaram que a senhora ministra incompetente e que a política educativa do país está a ser mal conduzida. A persistência deste governo, desgraçadamente socialista, está a cometer um crime que muitas gerações de portugueses pagarão.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
A frase da semana
"No meio deste lamaçal, a grande surpresa é a ‘surpresa evangélica’ do governador do Banco de Portugal, que não sabia de nada, quando toda a gente sabia de tudo."
Rui Rangel, Juiz desembargador
Rui Rangel, Juiz desembargador
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A Barracka Abana?
A Cabana do Pai Tomás, o Mammy de Al Johnson, Martin Luther assassinado, o KKK, tudo tornava improvável a eleição de um preto, um negro, um verdadeiro afro-americano para a Casa Branca.
Veremos agora se é possível mudar as pintas ao leopardo.
Para quando um negro Presidente em Portugal?
Para quando um cigano no governo?
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Um país tão pobre, tão pobre...
Tão pobre, tão pobre é este nosso país que é preciso reunir todos os engravatados e poderosos para que aos trabalhadores mais pobres seja dada quase um moedinha por dia. Tenho efectivamente muita pena das empresas e patrões que não retiram do trabalho dos seus trabalhadores que chegue para dar quatro moedinhas de vinte cêntimos por dia aos que produzem a riqueza, sabendo nós que fruto de impostos indirectos os pobres infelizes nem cinquenta cêntimos verão a mais ao fim do dia. À pobreza de dois milhões de trabalhadores junta-se a pobreza de espírito dos poderosos...
Por que será que me veio à memória esse velho 33rpm do Mário Viegas?
Ou então esta velha canção do Chico Buarque?Vamos bater na avó?
Finalmente os professores acordaram. É o grito que se repete pela blogosfera acompanhado por um certo estrabismo estratégico que gera confusão entre ministério (leia-se triste troika) e sindicatos. É claro que sindicatos há muitos. Tempos houve em que alguns (sindicatos) tinham mais dirigentes do que sindicalizados... Especialistas em chorar sobre leite derramado e desde que fosse de borla, lá se dignaram os senhores professores a fazer uma manifestação histórica. Ao menos isso que greves saem muito caro. Essa grande manifestação foi a excepção numa regra que foi deixando uns quantos poucos milhares a falar sozinhos às portas do ministério, que foi deixando uns quantos muito poucos a participar em greves e a pagar para estar de pé.
Agora que a casa foi assaltada aparecem os "movimentos" a bater na Fenprof talvez mais ainda do que na "avó"... Ó avó por que tens umas orelhas tão grandes?
Aqui fica o video que já me entrou pela caixa do correio vezes sem conta.
Banca Pia Nacional
Pergunta de ignorante: Porquê nacionalizar o banco e não a companhia que é proprietária?
Subprime
Encontrado no cinco dias, este filme levou-me a explorar o sítio original (kcet.org) que recomendo vivamente, não só pela qualidade das reportagens mas pelo interesse de muitos dos comentários.
É claro que por cá muito de semelhante vai acontecendo. Com tantos casos de incumprimento onde está o serviço público de televisão a levar a cabo a pedagogia da prudência e a mostrar os casos reais deste nosso cantinho?
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Você tem cem mil euros no banco?
"De acordo com o Comunicado do Conselho de Ministros de 13 de Outubro foi aprovado o Decreto-Lei que aumenta o limite legal de cobertura dos depósitos bancários, de 25.000 euros para 100.000 euros, por depositante e por instituição." in http://clientebancario.bportugal.pt/.
Eu ouço as notícias e fico baralhado. Porque é que a CGD tem que absorver os prejuízos do BPN, não deveria ser um problema dos accionistas? À luz do que citámos do Banco de Portugal os depositantes não estão em perigo. Ouvi hoje que as "irregularidades" vêm desde 2002. Por que não foram demitidos os administradores? Quem tem a culpa desta crise do banco? A mulher da limpeza? Vamos assistir a mais um caso de Banca Pia Nacional? Quem viver verá...
Eu ouço as notícias e fico baralhado. Porque é que a CGD tem que absorver os prejuízos do BPN, não deveria ser um problema dos accionistas? À luz do que citámos do Banco de Portugal os depositantes não estão em perigo. Ouvi hoje que as "irregularidades" vêm desde 2002. Por que não foram demitidos os administradores? Quem tem a culpa desta crise do banco? A mulher da limpeza? Vamos assistir a mais um caso de Banca Pia Nacional? Quem viver verá...
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