segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Antes e depois

18-11-2008
"O presidente da Pró-Ordem dos Professores, Filipe do Paulo, afirmou ter sido impedido de concluir uma intervenção quando pretendia pedir a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues.
"Aquilo que me transmitem é que esta situação só se desbloqueará com a mudança de actores no Ministério da Educação", afirmou Filipe do Paulo, acrescentando ter-se sentido "bastante condicionado" por não lhe terem permitido concluir a intervenção em que pretendia demonstrar "que a política educativa que tem sido seguida, de afrontamento a toda uma classe profissional, falha por ter falta de bom senso".
"Se este modelo de avaliação tinha boas intenções, ele acaba por falhar redondadamente porque cada vez se está a revelar mais inexequível", concluiu."
(http://jn.sapo.pt/paginainicial/Nacional/interior.aspx?content_id=1045929)

28.11.2008
"O presidente da Pró-Ordem dos Professores, Filipe do Paulo, que afirmou no final da reunião de 18 de Novembro da ministra com militantes do PS ter sido impedido de concluir uma intervenção quando pretendia pedir a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues, viu hoje em José Sócrates "uma grande abertura ao diálogo".
"Verifica-se que o Governo recuou significativamente nestas matérias. Importa agora que os sindicatos também não radicalizem posições e consigam aproveitar esta abertura para, em diálogo e negociação, conseguirmos alguns avanços", disse Filipe de Paulo aos jornalistas, no final da reunião.
Para o dirigente da Pró-Ordem, importa "começar desde já a negociação do novo modelo de avaliação e trabalhar de imediato na desburocratização do actual modelo para o tornar exequível nas escolas".
(http://jn.sapo.pt/paginainicial/Nacional/interior.aspx?content_id=1051960)


Transcrevemos as duas notícias pelo simples facto de evidenciarem uma cambalhota. É verdade que é a cambalhota de alguém que representa muito pouca gente. É difícil compaginar a elevação intelectual exigível a quem quer criar uma Ordem com a pobreza de solidez lógica que transparece destas duas citações. Por outro lado nem se percebe como é possível este dirigente prestar-se à palhaçada e encenação em que se tornaram estes encontros do PM com professores militantes do PS, ao que acresce ter sido o próprio grupo parlamentar do PS a pôr fim à própria razão de ser desta organização ao negar peremptoriamente a possibilidade de ser constituída uma Ordem dos Professores.

Só a verticalização absoluta do Partido, a total ausência de debate ao nível das bases do partido, a arrogância de presidentes de distrital, a ignorância absoluta de alguns presidentes de concelhias, a cumplicidade interesseira de muitos eleitos e a desilusão da esmagadora maioria de professores militantes é que impede os professores Socialistas Militantes de fazerem ouvir a sua voz no interior do partido. Só a casmurrice ignorante de um secretário geral que atraiçoa os valores mais elementares do partido que dirige, aliada à cobardia de todos aqueles que se sentem nas várias calhas, permitem o atentado que neste momento se está a cometer contra a educação em Portugal.
Demóstenes por mais que acenda a candeia tem dificuldade em enxergar...

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Um blogue de
M. Rocha Carneiro

As Memórias de Música

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