quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Esperar para ver

Quando o meritíssimo juiz for avaliado no futuro será que vamos ser surpreendidos?

"Segundo Manuel Galvão Teles, que lidera a equipa de advogados de José Penedos, "em praticamente 50 anos de exercício de advocacia, dificilmente se encontrará decisão judicial tão distante e contraditória com a realidade dos factos e com os elementos provatórios constantes do processo".

"[...] É por estas e por outras que o descrédito da Justiça vai prosseguindo o seu caminho", acrescentou Galvão Teles, numa declaração aos jornalistas após conhecer as medidas de coacção aplicadas ao seu cliente.

O causídico reiterou anteriores declarações em defesa da inocência de José Penedos, sublinhando que lhe resta a "triste consolação" de que estas "falsas construções acusatórias acabarão por cair na devida oportunidade, qual baralho de cartas".

Lamentou, por outro lado, a "sistemática e criminosa violação do segredo de Justiça" que, no seu dizer, "tem provocado o injusto e sumário julgamento" de José Penedos "na praça pública".

Rui Patrício, membro da equipa de advogados de José penedos, afirmou também que a defesa vai recorrer da sentença.

Além de suspender José Penedos de presidente do conselho de administração da REN, o juiz António Costa Gomes proibiu-o de contactar com funcionários daquela empresa e com os outros arguidos, excepto com o seu filho Paulo Penedos.[...]"


in http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1430330


sábado, 21 de novembro de 2009

Inglês técnico

"prepare to engage" ---> preparar para engrenar

"air marshal" ---> general da Força Aérea

Assim são legendados filmes na nossa televisão. Deve ser inglês técnico de novas oportunidades.

Tot capita, tot sententiae

Cega e surda


Sabemos que a justiça é cega. Ficámos recentemente a saber que talvez seja também surda... Escutas para quê?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Uma questão de números

"O juiz conselheiro Noronha do Nascimento venceu hoje a eleição para a presidência do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) com 47 votos dos 65 juízes conselheiros que participaram." Tanto quanto consegui apurar a totalidade de juízes deste tribunal perfaz o número de sessenta e seis.

Por mera curiosidade fui descobrir que o supremo tribunal de justiça dos EUA é constituído por nove juízes.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Falar Claro

Amanhã, quinta-feira 5 de Novembro pelas 19:00, recomeçam os programas quinzenais na Rádio Terranova. Faces ocultas, campanhas negras e brancas, "polvos" e redes tentaculares, seguramente serão abordadas.
Alguém já tinha ouvido falar da IDD, SA?

Ouço a Dr.ª Cândida Almeida e entro imediatamente em estado de cepticismo. Como ter confiança na Justiça quando a justiça nunca é feita?

(O programa poderá ser seguido em directo aqui.)

O Empreendedorismo

"O “Público” adianta que quer Paiva Nunes, quer António Paulo Costa terão encetado contactos com o objectivo de concretizar a promessa feita a Manuel Godinho. E dá um exemplo. António Costa, 11 dias após aquele almoço terá contactado Manuel Godinho para o informar que falou com José António Chocolate Contradanças, vogal da Administração da IDD (Indústria de Desmilitarização e Defesa, SA), no sentido de este gestor favorecer empresas do grupo de Manuel José Godinho. A IDD é totalmente detida pela Empordef, a holding portuguesa das indústrias de defesa, cuja totalidade do capital é do Estado."

domingo, 1 de novembro de 2009

Memórias de Música - 10


Nasceu a 29 de Agosto de 1958 em Gary no Indiana, EUA. Era um dos nove filhos de Kate, cantora de Blues e de Joe Jackson, guitarrista de Rhythm and Blues.
Com mais quatro dos seus irmãos integrou o grupo Jackson Five, dirigido pelo pai. Conseguiram assinar um contrato com a grande companhia de Detroit – Motown.
Apesar de fazerem um Pop-Soul bastante agradável o primeiro disco “Big Boy” não teve grande sucesso. No entanto com o apoio de Diana Ross gravaram em 1969 o disco “Diana Ross presents the Jackson Five” e conseguiram o primeiro lugar dos tops americanos com o single “Since I want you back” e o segundo nas listas Inglesas.
Os Jackson Five realizaram alguns discos com grande êxito como “Christmas Álbum”, “Get together” e o duplo “The Anthology”. Michael Jackson era a voz que se destacava e como não poderia deixar de ser encetou uma carreira a solo se bem que de tempos a tempos vá regressar ao grupo gravar e sair logo de seguida.
Em 1979 com Quincy Jones na produção, publica o álbum “Off the Wall”. Este disco constituiu uma enorme surpresa porque apesar da grave crise que a indústria discográfica norte América passava, vendeu oito milhões de cópias. Deste disco destaque para “Don’t stop till you get enough” que chegou ao top das listas dos singles mais vendidos.
1982 foi um ano marcado a fogo na carreira de M.J. é o ano de “Thriller” editado pela Epic. Este disco revolucionou a música Pop e tem uma produção muito refinada de Quincy Jones. Em poucos meses vendeu vinte e um milhões de cópias e passa a ser o disco mais vendido da história da música. É ainda de assinalar o extraordinário vídeo realizado por Landis com M.J. a transformar-se em lobisomem.
Foi preciso esperar cinco anos para outro disco ver a luz do dia. “Bad” de 1987. Este trabalho não veio acrescentar nada à carreira de M.J. mas a produção espectacular que Quincy Jones realizou fez com que o disco se vendesse bastante bem, mas sem atingir quer a qualidade quer a quantidade de “Thriller”.
Em 1991 sai o álbum “Dangerous” o primeiro sem a produção do mago Quincy Jones. Este disco veio repor alguma da qualidade perdida com “Bad” mas ainda assim muito aquém de “Thriller”.
Entre música para filmes, vídeos e participação em discos dos Jackson Five e duetos com vários artistas, M.J. é o mentor do projecto USA FOR ÁFRICA e autor do tema “We are the world” cujas receitas se destinaram a ajudar a combater a fome em África.
Evidentemente que nem tudo foram rosas na vida e carreira de M.J., como grande estrela que era viu o seu nome associado a casamentos feitos por conveniência, a outros que não se realizaram, a paranóias com a saúde, saía de casa com uma máscara na boca por causa dos vírus, a tratamentos de pigmentação, chegando a ficar com a pele toda branca, negócios ruinosos, acusações de assédio a menores, nunca provados em tribunal, entre muitas outras coisas algumas completas invenções outras verdades puras.
Michael Jackson foi uma estrela das mais brilhantes no firmamento da música Pop. Foi ele que elevou à escala planetária a cultura e a música Pop negra. Morreu no dia 25 de Junho de 2009. A melhor homenagem que lhe podemos prestar é ouvir uma das suas mais belas canções “One day in your life”.

por João Balseiro



Para ouvir toda a canção basta um "clic" em "Play full song here"

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Face oculta

Não conseguimos investigar com a celeridade possível e quando, finalmente, décadas depois, há julgamento mais parece um baptismo porque sai tudo livre de pecado original. Temos que reconhecer que aquilo para que temos mesmo jeito é para dar nomes a operações policiais. Valha-nos isso.

É a piolheira do costume.

sábado, 17 de outubro de 2009

Para divulgação

"A situação é surreal: dezenas de professores contratados por uma empresa de Lisboa na garagem de uma empresa de reparação automóvel de Matosinhos para leccionarem Música e Inglês nas escolas do Porto. Isto ocorre no quadro das chamadas actividades de enriquecimento curricular, obra do Ministério da Educação e dos municípios. Estes jovens professores podem almejar, depois de feitos todos os descontos, receber menos de quatrocentos euros por mês. O abuso foi denunciado pelo deputado José Soeiro e pelo FERVE - Fartas/os d'Estes Recibos Verdes -, um movimento social que se dedica a lutar contra os falsos recibos verdes. Este pedaço de papel tem o poder, com a cumplicidade activa do Estado, de transformar 900 mil trabalhadores em mercadoria barata e descartável." in FERVE

Sem comentário.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Lisboa é nossa

Tratando do Tratado Zé Barroso até faz cara feia aos Checos. De longe porque em Praga há janelas. Para o Tratado depressa e em força que Lisboa é nossa.



Cuidado com as certezas. A história é muito traiçoeira...

domingo, 20 de setembro de 2009

Séries

Gosto da grande riqueza da adjectivação jornalística que nos vem confirmar as suspeitas acerca da qualidade do ensino das nossas supostamente mais cultas gentes. Soares é sempre o histórico socialista e Alegre é o deputado poeta. Reduzidos assim a bibelots no aparador da sala do jantar republicano. Democrática não é a sociedade, democráticas são a claustrofobia e a asfixia. A asfixia também pode ser social. Vejo Portas a tocar a pandeireta do racismo social, do demagógico recurso à inveja dos mais pobres. Verei um dia Portas a defender a taxa máxima de IRS para os que recebem o RSI/RMI? Devaneios de campanha.

Memórias de Música - 9


Quarteto 1111, é um disco editado em 1969. Foi estruturado em duas partes: o primeiro lado dedicado à emigração e o segundo ao racismo contendo nas entrelinhas muitas referências à guerra colonial. Como não poderia deixar de ser a censura retira-o do mercado três dias depois de estar à venda.
Este disco que tem o mesmo nome do grupo foi injustamente esquecido porque desapareceu rapidamente (mais rápido também era difícil) do mercado e tinha a antecede-lo um êxito estrondoso – o EP A lenda de El-Rei D. Sebastião.
Foi e ainda hoje é uma pena este trabalho ser tão pouco conhecido. Há aqui um festival de criatividade imenso, solos de órgão de um psicadelismo deslumbrante, baladas folk, notas jazzísticas de arrepiar e até Soul a lembrar o que se fazia nos estúdios Motown.
Era interessante saber-se hoje, o que aconteceu em 1969 aos portugueses que tiveram a ventura de ouvir este trabalho – deve ter ficado tudo parvo.
É bom recordar que em 1969, ouvia-se Pet Sounds dos Beach Boys, Forever Ghanges dos Love, The Piper at the Gates of Dawn dos Pink Floyd e ainda o já antigo, de 1967, mas magistral Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band dos Beatles.
Este disco, Quarteto 1111, é, na minha opinião, um irmão não reconhecido desta geração, apenas e só porque nasceu neste canto pobre da Península Ibérica.
Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi o primeiro álbum conceptual da história da Pop Music, Quarteto 1111 foi o primeiro biconceptual.
João Balseiro


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Falar Claro 07.05.2009

Farinha maizena ou maracotão de Alcobaça? O primeiro de Maio e a "Marinha Grande". Maiorias absolutas?

Frase do ano

" ... a direita sofre duma disfunção eréctil."

Ouvido na RTPn

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vasco Granja

Foi com tristeza que li a notícia da sua morte. Foi preso pela PIDE ainda eu não tinha nascido, mas guardo a memória de uma voz tranquila sem resquícios de azedume. Trouxe para o universo dos meninos os desenhos animados para ver e pensar. Obrigado.

(Notícia aqui)


sábado, 2 de maio de 2009

Eu gosto de Vital Moreira

Primeiro porque é um homem que tem um assinalável percurso de crescimento pessoal em consonância com o mudar dos tempos. Vital Moreira é um homem de sistema, sistémico, constante e fiel a sistemas, previsível.

"4 DE DEZEMBRO DE 1975 2875
O Sr. Vital Moreira (PCP): - Não respondemos a fascistas. Só respondemos à classe operária."



Como desapareceu o sistema em que Moreira se revia, feito de Brejneves e gulagues, e porque Moreira é um homem de sistema, bastou adoptar outro, nomeadamente o socioneocapitalismo. E aí fica Moreira outra vez com um sistema para defender. Ao fim e ao cabo um fundamentalismo vale bem qualquer outro.



No nosso país, desde o atentado a D. José que ser vítima de um qualquer ataque é benéfico para a vítima, desde que sobreviva e as nódoas negras tenham desaparecido a tempo do telejornal das oito, claro. Eanes em Évora, Soares na Marinha Grande, quanto a Moreira no primeiro de Maio ainda não sabemos no que vai dar. Nada subjuga tanto a independência de pensamento como a crença em papões e inimigos míticos. Todos nos devemos unir contra inimigos comuns. O Bigbrother de Orwell precisava de amedrontar os cidadãos com um terrível inimigo comum. Lestásia ou Eurásia era indiferente desde que o medo do papão fosse real. Moreira, à semelhança dos ex-fumadores que se transformam em anti-tabagistas fundamentalistas, elege como inimigo a "esquerda anti-sistémica" ou a "esquerda radical". A conotação destes casos comezinhos com o pensamento de Orwell é feita sem querer de forma alguma ofender a memória do genial pensador de 1984.

Face aos desacatos do primeiro de Maio é vital que Moreira apresente queixa na PSP. A agressão e o insulto não são toleráveis no que deveria ser uma festa que bem podia passar sem arruaceiros provocadores.

Mudaram-se os tempos, Moreira de facto não mudou a não ser de penteado: o risco à direita substituiu o risco à esquerda. Seguramente isto não é significativo.

(Continua)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

25 de Abril sempre



Ouvir José Afonso é recordar Abril. Escolhi esta canção nem sei bem porquê.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Magalhães no prego

Segundo o "Metro" os Magalhães estão a aparecer nas casas de penhores e nas lojas de material em segunda mão.

Matem pelo menos algumas fomes.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Enriquecimento ilícito

"Caisónus, caiscarapuça..."

Não esquecendo que vox populi, vox dei:

Quem cabritos vende e cabras não tem,
de algum lado lhe vem.

Ler+


Há um pequeno anúncio que repetidamente passa nas nossas televisões e que reza assim: “Temos um milhão a ler nas aulas”. Até agora ninguém lia. Toda a malta passava pelas nossas escolas a ver banda desenhada sem balões.
Não só conheço Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães há longos anos, como tenho pelo seu trabalho o devido apreço. Mas que o PNL seja responsável por termos "...um milhão a ler nas aulas”, tudo isto com o mísero investimento de um milhão e meio de euros... Fico perplexo quando comparo este valor com o custo dos famosos Magalhães.
Esta é a ditosa pátria minha amada...

terça-feira, 31 de março de 2009

Corrupção para acto lícito

Passem cinco anos e fica tudo bem. Encane-se a perna à rã e toda a gente se safa... Cá vamos prescrevendo e rindo.

terça-feira, 24 de março de 2009

Caiu na caixa e na "mouche"

"Desculpem, não tenho soluções

Mário Crespo ("Jornal de Notícias")

11h22m

Ouvir dizer ao mais alto nível do Estado que não há soluções para o horror do desemprego é ouvir dizer que o Estado faliu. Meia centena de trabalhadores despedidos de fábricas em Barcelos e Esposende tiveram essa experiência de anticidadania. Numa visita, o presidente da República foi confrontado com um grupo de desempregados que empunhavam cartazes pedindo ajuda. Foi ter com eles e disse-lhes que não tinha nenhuma solução para os seus problemas.

Para um chefe de Estado é proibido dizer isso aos seus concidadãos e depois embarcar num carro alemão de alto luxo e cilindrada, acenando, apoquentado, aos que nada têm.

É isso que faz querer que os ricos paguem as crises.

Só se é chefe de um Estado para trabalhar na busca de soluções e encontrá-las. Sem isso não se é nada. Ser presidente em Portugal não é um cargo ritual. O presidente tem nas mãos ferramentas poderosas para influenciar o destino do país. Pode nomear e demitir governos, chamar agentes executivos e executores, falar aos deputados sempre que quiser, reunir conselheiros, motivar empresários, admoestar ministros e deve, sobretudo, exigir resultados. Ser chefe de Estado em Portugal inclui poderes executivos, e como tal, ter responsabilidades de executivo. Ao dizer que não tem soluções para as vítimas do descalabro que há três décadas estava em gestação no país onde ocupou os mais elevados cargos, o presidente da República dá à Nação a mensagem de que nem ao mais alto nível há o sentido da responsabilidade nem a cultura de responsabilização.

Ao dizer aos desempregados de Barcelos que nada pode fazer, o presidente diz a todo o Portugal que o Estado e o seu sistema não são mais do que um imenso círculo de actores autodesresponsabilizados que vão passando a batata-quente de uns para os outros. Depois destas declarações aos desempregados, o célebre letreiro "The Buck Stops Here", que Roosevelt tinha na sua secretária, não tem lugar na mesa de trabalho do presidente português. Com esse letreiro, que equivale a dizer que a batata-quente não passa daqui, Roosevelt lançou as bases da maior economia do Mundo das cinzas da grande depressão. Em Portugal, na maior depressão de sempre, o presidente diz que não tem soluções. Devia tê-las. Aníbal Cavaco Silva desde Sá Carneiro que participa no Governo. Dirigiu executivos durante a década em que Portugal teve a oportunidade histórica de ter todo o dinheiro do Mundo para se transformar num país viável. Mesmo com a viabilidade da economia questionada, Cavaco Silva, como profissional que é, regressa à política com uma longa e feroz luta pela presidência da República. Assumiu-se como a "boa moeda" que conseguiria resistir às investidas das "más moedas", na sua cruel pedagogia da Lei de Gresham, que foi determinante para aniquilar um governo do seu próprio partido e dar-lhe a chefia do Estado.

É um homem de acção impiedosa e firme, quando a quer ter.

Se o pronunciamento que fez de não ter soluções para esta crise foi uma tentativa de culpabilizar só o Governo, então foi de um insuportável, mas característico, tacticismo. Se foi sincero, então foi vergado pelo remorso, e anunciou que a sua longa carreira de político e de homem público chegou ao fim."

quarta-feira, 18 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009

Pois é...

Moreirices

"Não é preocupante, foi um caso pontual" "A arma estava descarregada, ninguém correu perigo"

Só falta dizer que são coisas de putos, brincadeiras de mau-gosto.

É assim que se começa.


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"No dia 4, um aluno de Sernancelhe, de 15 anos, usou uma pistola com uma bala no interior para ameaçar um colega."
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"O programa ‘Escola Segura’ registou 140 situações de posse/uso de arma, num total de 7026 ocorrências, no ano lectivo 2006/07."
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"um vídeo, com cerca de 30 segundos, filmado com um telemóvel, que mostra um grupo de alunos a ameaçar a professora de Psicologia com uma arma de plástico, exigindo melhores notas."

"A directora Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, já desvalorizou o incidente na Escola do Cerco do Porto, considerando, em declarações à Lusa quinta-feira, que se tratou de "uma brincadeira de muito mau gosto, que excedeu os limites do bom senso"

Falar Claro 12 03 2009


segunda-feira, 9 de março de 2009

Memórias de Música - 8


“Pois Canté” surge em 1975 e é o segundo disco LP editado pelo GAC – Grupo de Acção Cultural.
Este disco transcende em muito a simples afirmação ideológica e panfletária que grassava na época.
Alguns elementos do GAC tinham formação etnomusicológica, outros do canto heróico brechtiano, outros ainda uma predisposição mais do que se poderia chamar cantiga.
A música tradicional, as recolhas na tradição de Lopes Graça e Giacometti já se fazem sentir neste disco. Ninguém queria cometer leviandades a encarar a fusão destes elementos todos, mas também ninguém queria deixar de intervir à sua maneira e com a sua realidade neste processo.
“Pois Canté” foi um disco revolucionário até no sistema de produção (do próprio grupo) e distribuição (que se fez em meios como colectividades, sindicatos e até de mão à mão)
O GAC já tinha como experiência centenas de cantos livres e a realização inúmeras sessões de recolhas por todo o país. Aliás “pois cante” ou só “cante” é uma expressão Beirã (Ílhavo?!?) que quer dizer “quem dera” ou “então não há-de ser”.
Neste trabalho do GAC encontramos os corais colectivos onde o mais importante era o grito de alerta ao Povo no tema como pois cante vocalizado por José Mário Branco e arranjo de sopros de Luís Pedro Faro. Cantiga sem maneiras com vocalizações de Toinas num fundo de gaita-de-foles. Cantiga do Trabalho e Coro dos Trabalhadores Emigrados da lavra de José Mário Branco. É ainda de referir o extraordinário Ir e Vir cantado por João Lóio.
“Pois Canté” abriu caminho para a integração da música tradicional num contexto mais socializado. É um dos discos mais importantes da música popular portuguesa. Inexplicavelmente nunca teve edição em CD e os discos de Vinil desapareceram do mercado e também nunca houve reedição.
“Casas sim! Barracas não! As casa são do Povo! Abaixo a exploração! Dificilmente estas frases atingiriam hoje em dia o alvo, mas não é menos verdade que nenhum outro grupo, antes e depois do GAC, teve a coragem e a frontalidade de as cantar.
O Cantar do GAC faz falta e infelizmente cada vez é mais actual o cantar de um grupo que acabou em 1978.

João Balseiro


domingo, 8 de março de 2009

Escola Pública de qualidade e choque tecnológico

Há alguns meses a opinião pública ficou chocada com esta menina:


É claro que, depois das "moreirices" regionais, há professores que arredondam as costas e esperam que passe a tormenta:



Dizia Marçal Grilo que difícil é sentá-los. Falta dizer que sem ouvir...

sábado, 7 de março de 2009

Falta de carácter

Com que autoridade é que José Lello desce ao ataque pessoal a Manuel Alegre. Falta de carácter? Haja vergonha na cara.

Por que será?

Por que será que os erros do Magalhães não foram detectados?

Eu sei porquê.

Lellices

Segundo Lello, Cravinho tem um chorudo cargo internacional. (RTP N)

Antigamente havia a lei da rolha e hoje também existe, mas para os grandes é a lei do cargo. Toma lá um "chorudo" e cala o bico.

"Corrimões"

Começa a ser o caso de gastar cera em fraco defunto. Hoje é a polémica sobre os erros em software do Magalhães. Mas ainda recentemente encontrei estas "preciosidades" no sítio Ciberdúvidas da Língua Portuguesa:

Corrimãos ou corrimões?

1ª Resposta
[Resposta] Logicamente, o plural de corrimão seria apenas corrimãos, porque esta palavra é formada de correr+mão. Mas vulgarizou-se o plural corrimões por duas razões: por um lado, porque se perdeu bastante a noção de que em corrimão entra o elemento mão, cujo plural é mãos; por outro lado, porque há tendência para fazermos em -ões o plural das palavras terminadas em -ão.

Em conclusão: temos o plural corrimãos e o plural corrimões. Este último é o mais corrente.

2ª Resposta
[Resposta] Como poderá ler na resposta do dr. José Neves Henriques (Corrimãos ou corrimões?), a verdade é que o barbarismo "corrimões" vulgarizou-se, e como o hábito (ou o erro mil vezes repetido...) tem muita força todos os dicionários já regist[r]am um e outro plural...
Mas, tal como o prezado consulente, eu, pessoalmente, não uso o plural corrimões...
3ª Resposta [Resposta] Aconselho a leitura da resposta de Edite Prada Sobre a formação do plural. De qualquer maneira, os plurais pedidos são os seguintes: paul – pauis jejum – jejuns oásis – oásis cãozito – cãezitos colher – colheres Quanto a corrimão, o plural deveria ser, em princípio, corrimãos, para manter a ligação à palavra mão, mas na realidade o que se usa e já está consagrado é corrimões (ler a resposta de José Neves Henriques Corrimãos ou corrimões?).

Já o dicionário Priberam:

corrimão pl. corrimãos ou corrimões de correr + mão s. m., peça ao longo de uma escada que serve para apoio a quem sobe ou desce; barrote que, nos navios, sustenta os balaústres e serve para encosto; mainel.

*********
Palavras para quê?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tolocracia

pornografia
do Gr. pórne, prostituta + gráphein, descrever
s. f.,
representação (por escritos, desenhos, pinturas, filmes ou fotografias) de cenas ou objectos obscenos destinados a serem apresentados a um público;
colecção de pinturas ou gravuras obscenas;
carácter obsceno de uma publicação;
devassidão.

obsceno
do Lat. obscenu
adj.,
torpe;
contrário à decência, ao pudor;
impuro;
impudico;
lascivo;
contrário à moral;
desonesto.

Foi, eventualmente armados, com este conhecimento vocabular que os agentes da autoridade decidiram confiscar livros em Braga. Na capa "L'origine du monde", pintado por Gustave Courbet em 1866, está à vista de todos no Museu d'Orsay em Paris. Quando a tolocracia impera sei bem qual é o maior perigo.


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Proscritos ou prescritos? II

Oiço o Professor Marcelo e, como sempre, fico desgostosamente elucidado. Segundo o Professor há quem goste de "chico-espertos". Fiquei também a saber que o que a água do rio Jordão ou da pia baptismal lavava de pecados, leva por aí cinco anos a lavar pela molenguice criminosa dos nossos investigadores públicos que deixam passar o prazo de prescrição dos processos inconvenientes. Curioso paradoxo desta nossa terra: deitamos fora os iogurtes que passaram o prazo de validade, mas vamos elegendo ou fazendos salamaleques aos prescritos...

Eu também tenho meia dúzia de acções da CIMPOR. Se a CGD estiver interessada?...

Proscritos ou prescritos?

"Agora são as falhas de memória que estão na ordem do dia. Há gente que não se lembra do que fez ou prometeu. Não se sabe se é verdade ou mentira. Mas não é bom."

Teias que o império (de quê?) tece...

Taxas Moderadoras

Moderar
do Lat. * moderare por moderari

v. tr.,
acomodar às conveniências;
reprimir;
conter;
regular;
diminuir;
abrandar;
dirigir ou coordenar mesa redonda, debate ou reunião;

v. refl.,
não cometer excessos;
ter mão em si.

Bom-senso

s. m.,
disposição natural para julgar correctamente nas questões concretas que não admitem uma evidência lógica simples.



São, portanto, taxas que reprimem, contêm, regulam ou diminuem o acesso aos serviçoes de saúde. Têm como fim incentivar os pacientes a não usarem o SNS de forma pouco criteriosa. É evidente que nenhum português é operado ou internado porque quer. Não perceber que todas as leis devem ser compreensíveis à luz do bom-senso é, em si, uma falta de bom-senso.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Irra

Acabo de ver na Sic uma notícia sobre censura no Carnaval de Torres Vedras.
(http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=388779&tema=27)

Qualquer dia temos aí uma guarda dos costumes tipo Arábia Saudita. Não há pachorra.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Memórias de Música - 7


Em 1974, Carlos do Carmo gravou este single para a editora Tecla com quatro temas. Na face A: Pomba branca de Max com arranjo de Jorge Costa Pinto e Menino d’oiro de José Afonso com arranjo de Thilo Krasman. Orquestra dirigida pelo maestro Jorge Costa Pinto. Na Face B: Andorinhas de F. Brito / J. Marques e Bailado de H. Rego / A. Duarte com o Conjunto de guitarras de Raul Nery.
É um disco bastante raro na discografia de Carlos do Carmo. Pela primeira vez canta uma canção de José Afonso. Aliás é a única canção de Zeca Afonso que Carlos do Carmo cantou na sua já longa carreira.
Sobre Carlos Alberto Ascensão de Almeida seu nome verdadeiro já tudo se escreveu. É um nome incontornável do meio artístico Português. Juntamente com Amália Rodrigues são os nossos maiores nomes do fado do século XX.
Carlos do Carmo gravou os seus primeiros discos em 1963 para a Valentim de Carvalho, passando depois para a Tecla, na altura dirigida pelo maestro Joaquim Luís Gomes.
Com uma carreira muito bem gerida, passou pelos maiores palcos quer em Portugal: Coliseu dos Recreios e Pavilhão Atlântico quer no estrangeiro onde realizou espectáculos por todo o mundo, realce para Olympia de Paris e Alte Oper de Frankfurt.
Da sua discografia há que destacar principalmente dois discos importantes para a música nacional: o álbum Um Homem na Cidade e Um Homem no País ambos com poemas de Ary dos Santos e músicas assinadas por diversos compositores.
Carlos do Carmo nunca deixou de inovar, procurou sempre novos caminhos para o Fado o que lhe valeu muitos dissabores no meio fadista, mas a ele se deve a chegada ao fado de poetas como Ary dos Santos e Joaquim Pessoa e compositores como Fernando Tordo, José Mário Branco, José Luís Tinoco e António Vitorino de Almeida entre muitos outros.


João Balseiro


Não há crise

Não há crise. Hoje brilha o sol e tudo é menos grave que em dias de chuva. A coriceira Amorim nem duas centenas despediu. O desemprego podia ser pior. Começou a ser julgado um assassino Khmer e Maria de Lurdes Rodrigues anotou no seu diário que talvez fosse significativo o facto de ser professor de matemática. José Sócrates foi eleito com uma abstenção largamente superior a 50%.

Em Portugal, minha mãe, tudo vai bem.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Falar Claro 12 02 2009


Falar Claro - AP e RC

Anda Tudo Parvo

“Anda tudo parvo”, assim define um amigo a situação que vivemos. Acrescenta “como o Governo”, nisso discordo. O nosso governo tem um projecto e segue com determinação obstinada o seu rumo.
Apesar de tudo persistem no nosso quotidiano situações de contradição e paradoxo difíceis de compreender. Recentemente o senhor Presidente vetou uma lei que previa o fim do voto por correspondência dos nossos emigrantes. Curiosa lei que retira mais um direito àqueles que durante décadas foram a mão salvadora da nossa balança de pagamentos, assegurando com as suas remessas que a falência do país não chegasse mais cedo. Fecharam-se delegações consulares, mantiveram-se na instabilidade os trabalhadores de consulados e embaixadas, delapidou-se o erário público alugando instalações, a peso de ouro, em zonas prestigiadas das capitais do mundo, quando a compra desses edifícios seria infinitamente mais vantajosa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros teve sempre destes negócios. Quando as recentes eleições regionais dos Açores revelaram uma abstenção de 53,24 por cento, não conseguimos compreender o sentido ou a preocupação dos nossos excelsos legisladores. Então não haveria lugar a tornar mais fácil a participação dos cidadãos? Num tempo em que se declaram impostos, se obtêm registos automóveis e, milagre dos milagres, até já toda a documentação predial começa a ser tratada num ápice fruto do maravilhoso mundo novo da internet, como compreender que os representantes do povo não se empenhem em representar o povo com um mandato que lhes seja efectivamente conferido por todo o povo? Ensina a História, a quem se dá a esse trabalho, que sempre que um povo se alheia do seu destino, haverá também oportunistas que desvirtuam a dimensão ética das suas funções de representação.

Claro que podemos ficar tranquilos quando temos o parlamento polvilhado de deputados sem medo, insensíveis a pressões, às erradas, claro, às de cidadãos eleitores. Deputados de psitacismo célere e servil, repetindo, pressurosos, as palavras do caudilho do momento. É de tal forma evidente que de nada serve elegermos duzentos e trinta deputados quando a disciplina de voto leva a vastíssima maioria a levantar o “derrière” da cadeira ao toque de apito dos capatazes de serviço. Para este espectáculo lastimável bastariam cinco deputados, cada um valendo o número de votos expressos em eleições. Que poupança, que ajuda para o equilíbrio das finanças públicas.
A propósito lembremo-nos de Camões e do Canto IV dos Lusíadas:

"—Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
[...]
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!”

Prof. M. Rocha Carneiro
In O Ilhavense de 10-02-2009

domingo, 8 de fevereiro de 2009

181

Há cento e oitenta e um anos nascia Jules Verne en Nantes. Para além do incrível Nautilus, do capitão Nemo, e da Volta ao Mundo em Oitenta Dias, devo confessar que o meu favorito é o Michel Strogoff. A espada em brasa, a cegueira, a vitória sobre a adversidade.

Aqui fica uma amostra de adaptação de 1926.

DEM

"Falta ainda a promulgação do Presidente da República e a publicação de duas portarias regulamentares para que os "chips" nas matrículas passem a ser obrigatórios. É este o sistema que o Executivo pretende utilizar para cobrar portagens nas Scut do Grande Porto, Costa da Prata e Norte Litoral, que anunciou em 2007. E que a tutela diz que vai criar uma oportunidade de negócio para as tecnológicas - potenciais fornecedores de aparelhos - de 150 milhões de euros." in http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=353062


Mais um imposto de dez euros por cabeça de automobilista, pelo menos. Aqui fica parte do que já há largos meses publiquei:

" [...] E que dizer do Dispositivo Electrónico de Matrícula (DEM)? Esta medida criará uma oportunidade de negócio no valor de 150 milhões de euros (segundo o CM). Serão mais 150 milhões a ser transferidos dos bolsos dos portugueses para parte incerta. Com identificadores em cada automóvel podemos até levar o conceito de utilizador/pagador um pouco mais longe e ter impostos de circulação proporcionais aos quilómetros percorridos. Um breve exercício de imaginação pode levar-nos a múltiplos possíveis, e se possíveis um dia prováveis, desenvolvimentos destes mecanismos de vigilância electrónica para um eventual mecanismo DEI (Lat. de Deus), Dispositivo Electrónico de Identificação. Se o nosso Ministério da Agricultura (em 2004) chegou a acordo com uma corporação americana denominada Anjo Digital para aplicar “chips” nos nossos melhores amigos, a versão portuguesa para seres humanos teria certamente um consórcio nacional, talvez um Deus Digital SA, a promover o desenvolvimento e injecção de tais produtos no ombro dos passivos portugueses. Do “chip” na matrícula ao “chip” no ombro vai um passo bem pequeno e as vantagens seriam evidentes. Acabaria a dificuldade em identificar condutores infractores, à entrada num hospital não seria necessária nenhuma perda de tempo pois imediatamente, não só o paciente seria identificado, como toda a sua história clínica estaria disponível para consulta pelo pessoal médico, a nível bancário acabariam PINs e assinaturas, todos os plásticos na carteira seriam substituídos com evidentes benefícios ecológicos. Tanta gente com pedras no sapato, condutores com grão na asa, por que não cidadãos com “chips” no ombro? Do alto, baixo, intermédio ou do nada donde defuntos PIDEs, KGBs, GESTAPOs e quejandos nos miram, que suspiros de inveja, que ais de vergonha pelas incipientes toneladas de ficheiros acumulados por bufarias várias com que quiseram controlar os povos. Se permitisse a acusação e castigo dos abusadores das casas pouco pias será que valia a pena?

In O Ilhavense, 10/09/2008"

sábado, 7 de fevereiro de 2009

ASS dixit

"Eu cá gosto é de malhar na direita e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam de facto à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheço e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique"

Não lembrava a mais ninguém, só o estrabismo político de ASS (Augusto Santos Silva) poderia colocar o PS na extrema esquerda da política portuguesa.

Da próxima vez que os detentores de qualificações em inglês técnico assistam a algum filme inglês, em voz original, não deverão ver em afirmações como "You're talking through your ASS" qualquer referência ao insigne ministro.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pergunta e resposta

Pergunta-me o meu grande amigo JAM se já respondi "Já respondeste ao apelo do teu (ex) secretário de Estado ?"

"O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, abriu uma janela de oportunidade para a felicidade suprema dos portugueses: o trabalho gratuito. Descoberta a possibilidade de todos nós podermos ser concorrenciais no mercado global, ele conseguiu mesmo inovar ideologicamente, argumentando que o trabalho gratuito corresponde a uma "prática privilegiada de realização pessoal e social". Não duvidamos: o trabalho voluntário e o comunitarismo deveriam ser promovidos em Portugal. Embora, neste caso, a ideia de Lemos é ter trabalho grátis em vez de prática remunerada. A descoberta de Valter Lemos é a maior desde a invenção da pólvora e, talvez, da criação dos servos da gleba. Valter Lemos, ao abrir a porta a todos os professores reformados, para que estes voltem a trabalhar gratuitamente, torna o altruísmo a nova ideologia do Estado. Num PS órfão de ideologia, desde que esqueceu o cooperativismo de António Sérgio, Valter Lemos deveria ser promovido a ideólogo oficial da agremiação. Claro que ele mostra como Hyde e Jekyll são os contínuos de serviço no Ministério. Por um lado o ME tem tornado a vida dos professores um verdadeiro inferno, tentando, aparentemente, correr com muitos deles e assim poupar as finanças do Estado. Agora quer que eles regressem. Mas sem encargos. Como conceito político é genial. Como estratégia empresarial merece o Nobel. Como ideal socialista nem Tony Blair se lembraria. Valter Lemos, depois desta ideia, deve ser promovido a ministro da Educação. No mínimo."

Eu não poderia formular melhor a questão. Felizmente a resposta é simples e ribatejana. Eu quero que o senhor Lemos vá ter um menino pela barriga das pernas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Falar Claro 29.01.2009

(Actualizado às 22:21)
Hoje lá estarei, pelas 19:00, na Rádio Terranova. Seguramente abordaremos implicações do "Porto de Borla", dos crimes de guerra em Gaza, da crise que se abate sobre o mundo. Ou talvez não. Afinal talvez sim...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Uma boa sugestão

Aqui fica uma ideia para um belíssimo espectáculo.

Um Porto de Borla

Em inglês técnico diz-se Freeport. Num país de conversa fiada talvez seja preferível olhar só a factos. Aqui fica um exemplo do que se pode definir como defesa intransigível da Natureza:

domingo, 18 de janeiro de 2009

GREVE

Amanhã há greve dos professores portugueses. Fosse a avaliação a questão, a única e decisiva questão determinante para um melhor ensino estaríamos todos bem. Infelizmente estamos perante um indício, um mero sintoma de tudo o que aflige o nosso sistema educativo. Embora aposentado sou solidário com todos os meus colegas que amanhã lutarão pela dignidade da sua função.
Vae victis. Ai dos vencidos, que ninguém esqueça.






Muito embora devesse ser desnecessário não deixa de ser significativo que hoje ainda seja necessário divulgar as seguintes informações:
GREVE - INSTRUÇÕES E RESPOSTAS A QUESTÕES MAIS FREQUENTES

Para além das imagens recebidas por mail incluímos algumas vindas dos seguintes sítios a quem desde já fazemos a devida vénia e que recomendamos:
http://antero.wordpress.com/
http://sinistraministra.blogspot.com/
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Socialistas de pé


Alguns SOCIALISTAS ainda sabem estar de pé. Deputados sim, castrados não (paráfrase algo livre de versos esquecidos).

"Com a abstenção da deputada socialista Matilde Sousa Franco, os diplomas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) somaram 113 votos favoráveis e 114 votos contra.Apesar da diferença registada ser de apenas um voto, se tivesse havido um empate a votação teria de ser repetida e o artigo 99 do Regimento da Assembleia da República estabelece que "o empate na segunda votação equivale a rejeição".
Manuel Alegre, Teresa Alegre Portugal, Julia Caré e Eugénia Alho foram os quatro socialistas que votaram favoravelmente, juntando-se às bancadas da oposição, que tinham hoje todos os seus deputados presentes no momento das votações."

in http://www.parlamentoglobal.pt/parlamentoglobal/actualidade/Debates+Plen%C3%A1rio/2009/1/8/080109_CHUMBO_AVALIACAO.htm


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O que andámos para aqui chegar




E aqui estamos num novo ano. Começamos com baixas temperaturas, mas talvez o ano aqueça. Dêem-nos promessas que já estamos fartos da realidade.
Bom Ano Novo.

Memórias de Música - 7


Em 1974, Carlos do Carmo gravou este single para a editora Tecla com quatro temas. Na face A: Pomba branca de Max com arranjo de Jorge Costa Pinto e Menino d’oiro de José Afonso com arranjo de Thilo Krasman. Orquestra dirigida pelo maestro Jorge Costa Pinto. Na Face B: Andorinhas de F. Brito / J. Marques e Bailado de H. Rego / A. Duarte com o Conjunto de guitarras de Raul Nery.
É um disco bastante raro na discografia de Carlos do Carmo. Pela primeira vez canta uma canção de José Afonso. Aliás é a única canção de Zeca Afonso que Carlos do Carmo cantou na sua já longa carreira.
Sobre Carlos Alberto Ascensão de Almeida seu nome verdadeiro já tudo se escreveu. É um nome incontornável do meio artístico Português. Juntamente com Amália Rodrigues são os nossos maiores nomes do fado do século XX.
Carlos do Carmo gravou os seus primeiros discos em 1963 para a Valentim de Carvalho, passando depois para a Tecla, na altura dirigida pelo maestro Joaquim Luís Gomes.
Com uma carreira muito bem gerida, passou pelos maiores palcos quer em Portugal: Coliseu dos Recreios e Pavilhão Atlântico quer no estrangeiro onde realizou espectáculos por todo o mundo, realce para Olympia de Paris e Alte Oper de Frankfurt.
Da sua discografia há que destacar principalmente dois discos importantes para a música nacional: o álbum Um Homem na Cidade e Um Homem no País ambos com poemas de Ary dos Santos e músicas assinadas por diversos compositores.
Carlos do Carmo nunca deixou de inovar, procurou sempre novos caminhos para o Fado o que lhe valeu muitos dissabores no meio fadista, mas a ele se deve a chegada ao fado de poetas como Ary dos Santos e Joaquim Pessoa e compositores como Fernando Tordo, José Mário Branco, José Luís Tinoco e António Vitorino de Almeida entre muitos outros.

Disco gentilmente cedido por Manuel Carneiro.

João Balseiro

Um blogue de
M. Rocha Carneiro

As Memórias de Música

As Memórias de Música são breves textos que nos recordam música que de alguma forma foi marcante no nosso panorama musical. Todos os artigos podem ser encontrados agrupados sob a respectiva etiqueta.